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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Análise: Age of Conan


A Espada Selvagem de Conan foi a primeira revista em quadrinhos que li (tirando Turma da Mônica e Disney), lá nos anos 80. Colecionei, desenhei e encadernei várias histórias do bárbaro cimério. E quando conheci os jogos de tabuleiro moderno, nada mais justo do que sentir uma enorme vontade de jogar Age of Conan, da Fantasy Flight Games.



Em Age of Conan, de 2 até 4 jogadores competem para construir o mais poderoso império da Era Hiboriana. Para isso, os jogadores usam poderio militar e alianças políticas para vencer províncias neutras e subjugar as terras de seus oponentes.

 


A força do Reino do jogador é determinada pelos Pontos de Império acumulados ao conquistar províncias e cumprir objetivos.


O jogo já impressiona pelas miniaturas, tabuleiro, cartas e marcadores. Todos os componentes foram feitos com cuidado e cheio de detalhes que transportam os jogadores para dentro da Era Hiboriana.

 

As miniaturas são compostas de unidades militares, emissários, torres e fortalezas. Detalhe para as torres e fortalezas que se mesclam e formam cidades.


Quatro nações disputam o controle: Aquilônia, Turan, Stygia e Hyperborea. O jogador assume a liderança de uma delas e passa as próximas 2 horas e meia andando pelas terras hiborianas.


Age of Conan possui muitas regras, detalhes e diversas coisas para fazer durante seu turno. O ponto negativo do jogo é o manual. Achei confuso e que não tira algumas dúvidas. Tanto que usamos o bom senso para prosseguir na partida. 


Para ter noção dos detalhes nas regras deste jogo basta olhar para a Ficha de Referência do jogador. Ela possui 4 páginas que “resume” as principais regras. E há divergências entre a ficha de referência e o manual. Um dos piores textos explicativos da FFG que já vi até hoje. Por isso, Age of Conan não é um jogo simples de explicar.


Tirando esta parte ruim, vamos para o jogo. A partida é jogada em três Eras. Cada Era possui 4 aventuras de Conan. Todas as aventuras foram extraídas das histórias do cimério nas revistas em quadrinho. Bem legal para os fãs!

 

Os jogadores precisam conquistar pontos de império com suas tropas militares e cumprindo objetivos que são expostos no início de cada Era. Além disso, precisam enviar seus emissários para coletar ouro e fazer alianças.


Gostei do sistema de ações por turno que são definidos através da jogada dos Dados de Destino. O primeiro jogador lança os sete dados de destino e coloca-os no tabuleiro em uma área reservada. 


Cada lado do Dado de Destino permite que o jogador faça um tipo de ação: Corte, Militar ou Intriga. Os jogadores vão pegando os dados, um a um, e resolvendo a ação escolhida. Quando o último dado for escolhido e sua ação executada, o próximo jogador rola novamente os sete dados, fazendo um novo reservatório de Dados de Destino.

 


As batalhas são resolvidas por dados especiais. Cada lado destes dados vermelhos indicam acerto ou erro. Existem cartas de estratégia que ajudam nas batalhas militares e políticas.



A grande atração do jogo é a miniatura do Conan (sim... ele está presente!) andando no meio do tabuleiro. Em cada aventura uma aposta é realizada e o vencedor se torna o responsável em controlar o Conan. O objetivo é levá-lo até a área indicada na carta de Aventura para ganhar bônus nos marcadores de Monstros, Tesouros ou Mulheres. Simplificando, ser o jogador do Conan concede enormes vantagens. E você pode colocar marcadores de bandidagem por onde ele passar.


Na terceira Era, um dos jogadores pode tentar coroar o Conan. Fazer isso termina a partida na hora e este jogador tem grandes chances de ser o vencedor após a contagem de pontos.


Foi exatamente isso que aconteceu em nossa primeira partida de Age of Conan. O Joca jogou com a Aquilônia, o Guto com Turan, o Henrique com a Hyperborea e eu fiquei com a Stygia.


Hyperborea e Stygia possuem a parte de Feitiçaria muito forte, enquanto Aquilonia e Turan são mais fortes com as unidades militares.

 

O jogo estava bem equilibrado nas duas primeiras eras, tirando o Joca que não conseguiu expandir seu império com a Aquilônia.


Só que na terceira era eu executei a ação de coroar o Conan e deu certo! Após a contagem, venci o jogo por uma grande margem de diferença. Graças à coroação.



Age of Conan é um bom jogo de estratégia, difícil de assimilar, que precisa de algumas partidas para ser devidamente apreciado. Tem tanta coisa para fazer, que quando acabou o jogo ficamos conversando sobre como evoluir em cada reino.



Recomendo este jogo para jogadores experientes, que tenham paciência na primeira partida. Por Crom, vale a pena!


Age of Conan
Nota
 Jogabilidade
7
 Ambientação
10
 Tabuleiro
9
 Componentes
10
 Diversão
8
 Nota Redomanet
8,80

2 comentários:

  1. muito boa a sua impressão desse jogo, quanto o jogo sai na média?

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  2. O último preço na Cool Stuff é de US$ 51.00
    Eu paguei mais barato, em torno de US$ 30.00 em uma promoção.

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