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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Análise: Conquest of Nerath

Vocês não imaginam minha alegria de criança ao abrir a caixa deste jogo da Wizards of the Coast. Após anos jogando RPG com Dungeons & Dragons, finalmente tenho em mãos um jogo de estratégia de tabuleiro digno da franquia.


Conquest of Nerath transporta os jogadores para um mundo de fantasia rico e maravilhosamente ambientado.

Mapa do Jogo
Quatro reinos entram em guerra e os jogadores assumem o papel de um deles: os humanos de Nerath, os goblinóides do Círculo de Ferro, os elfos de Vailin ou os mortos-vivos de Karkoth.


Cada reino possui vantagens e desvantagens balanceadas, com baralhos de eventos diferentes que aumentam sua força em um determinado aspecto.
O tabuleiro representa o mapa dos reinos e é lindo, apesar de um pouco confuso no momento do setup inicial.

 

As miniaturas estão entre as mais bem detalhadas que eu já vi em um jogo de guerra. São 252 miniaturas de nove tipos diferentes de unidades, com detalhes originais para cada reino.


Os jogadores contam com as unidades de: infantaria, máquinas de cerco, guerreiros, magos, monstros, castelos, elementais do ar, dragões e navios de guerra.


Existem opções de jogo com duração curta, média ou longa. E opção para jogos “cada um por si” ou no modo aliança. A aliança representa o bem contra o mal (humanos e elfos contra goblinóides e mortos-vivos).


Vence a partida o jogador ou a aliança que conseguir uma determinada quantidade de pontos de vitória. Esta quantidade de pontos influencia a duração da partida e deve ser combinada no início do jogo.


O jogador pontua sempre que conquista um território inimigo (1 ponto) ou joga uma carta de tesouro (varia de 1 a 3 pontos). Conquistar a capital de um reino inimigo dá a maior pontuação: 5 pontos.





Uma parte importante do jogo são as masmorras (dungeons). Elas estão espalhadas pelo mapa e não pertencem a nenhum reino. Cada masmorra possui guardiões que precisam ser derrotados para que os jogadores consigam uma recompensa. Estes guardiões são monstros tradicionais de D&D como, por exemplo, beholder, zumbi, ogro e troll. Somente as unidades consideradas “heróis” podem entrar nas masmorras (guerreiros e magos). A recompensa é uma carta de tesouro que o jogador pode utilizar a qualquer momento. Baixar este tesouro dá pontos de vitória e uma habilidade especial importante para seu exército, que permanece até o fim da partida.

 

O combate entre unidades de jogadores diferentes ou contra os monstros nas masmorras é muito simples. Cada tipo de unidade possui um dado de ataque diferente. O jogo conta com os dados de 6, 8, 10, 12 e 20 lados. Para conseguir um acerto na batalha basta tirar 6 ou mais nos dados. Uma unidade de infantaria joga sempre 1 dado de 6 lados (1d6) e sua chance de conseguir um sucesso é pequena. Já um dragão joga 1 dado de 20 lados (1d20) e sua chance de acerto é muito grande.


Joguei a primeira partida contra meu irmão Marcelo. Em dois jogadores, um jogador assume a aliança Nerath e Vailin (humanos e elfos) e o outro jogador assume a aliança Karkoth e Círculo de Ferro (mortos-vivos e goblinóides). Eu joguei pelo lado do bem e o Marcelo pelo lado do mal.

 

As regras foram explicadas em 20 minutos e são bem fáceis de assimilar. Com sua característica de jogo mais agressiva o Marcelo levou seus exércitos com tudo para o ataque. Em um primeiro momento achei que não conseguiria reverter, mas o jogo traz mecânicas de equilíbrio que valoriza “onde” combater e não “quanto” combater.

 

Confesso que não sentimos passar as duas horas de jogo, de tão legal que Conquest of Nerath pode ser. A ambientação do jogo é profunda e você realmente sente as diferenças entre os pontos fortes e fracos dos exércitos.


Após um começo devastador das legiões do mal, eu consegui reverter o placar do jogo atacando terrenos que o Marcelo deixou desprotegido.

 

Vi um ataque no meio de seu império Karkoth desguarnecido pelo mar, e os navios de guerra com os elementais fizeram a divisão de seus exércitos.


Enfim, reverti o jogo conquistando pontos importantes e venci meu irmão em uma das partidas mais legais que já fizemos.

 

O ponto negativo do jogo é não ter equilíbrio de ações com número ímpar de participantes. O jogo obriga a ter quatro reinos em jogo, e com três participantes, um jogador assumirá o papel de dois reinos, enquanto os outros dois jogadores assumem 1 reino cada. Acho que sobrecarrega demais um jogador.

 

A Wizards está de parabéns por este jogo. Conquest of Nerath é indicado para jogadores experientes e novatos que gostem do tema Fantasia, principalmente para aqueles familiarizados com RPG.



Conquest of Nerath é o War que eu sempre quis ter...




Conquest of Nerath
Nota
 Jogabilidade
10
 Ambientação
10
 Tabuleiro
8
 Componentes
10
 Diversão
9
 Nota Redomanet
9,40

2 comentários:

  1. Esse jogo parece ser muito bacana mesmo!

    Mas me diz... Essas cartas em português foi você quem fez né?

    Abs.

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  2. Salve Antonio...
    As cartas traduzidas serão disponibilizadas aqui no Redomanet no final de semana que vem...
    Valeu!

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