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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Análise: 011

O jogo de tabuleiro 011 é uma novidade no mundo lúdico. Ele foi produzido por uma banda de heavy metal sinfônico chamada Therion e faz parte de uma série de lançamentos incluindo curta-metragem, CD conceitual e jogo que tratam de mitologia nórdica com cenário steam punk.


O que mais me chamou atenção em 011 é sua estória e acabei comprando o jogo. O Ragnarok (equivalente ao Apocalipse na mitologia nórdica) está para acontecer com a morte de Odin. As profecias falam que Fenrir, o filho-lobo de Loki será o responsável por isso. O único que pode impedir o fim de tudo é um mortal conhecido como “O Escolhido”.


Um grupo de estudiosos e místicos sabe disso e se envolvem para acompanhar e solucionar o mistério desta profecia. Eles sabem que “O Escolhido” está entre eles e ninguém ainda sabe quem é. Para impedir o Ragnarok, eles precisam achar um item divino conhecido como “O Órgão Inefável da Eternidade” que está escondido na cidade de Turin, na Itália.


Além de achar o órgão e descobrir quem é o Escolhido, os heróis precisam aprender uma música que irão tocar no Inefável. E tudo isso em 12 horas, que são representadas em rodadas no jogo.





Só que o espírito de Fenrir irá possuir um dos personagens e seu objetivo será o de matar “O Escolhido” antes que ele chegue ao órgão.


Os componentes são fantásticos e merecem uma atenção nos detalhes. O tabuleiro possui 3 engrenagens que funcionam muito bem com a jogabilidade. As miniaturas são cheias de detalhe com ótima qualidade. As cartas, tabuleiro e as guias de referência possuem arte digna da banda que prima pelo erudito, com textos e referências a lugares reais e literatura histórica.


Anunciado como um jogo de investigação e intriga, nossa primeira jogatina revelou que é muito mais do que isso. É um jogo de estratégia pesada, com duração longa e administração de recursos.


Todas as ações dos jogadores são gastas com pontos de Tempo. No início, todos começam com 45 pontos de tempo, mas isso vai se extinguindo rapidamente. No fim do jogo, faz falta estes pontos para executar as ações. Há necessidade de planejamento e administração com estes pontos, pode ser decisivo no fim.


O jogo é uma mistura de mecânicas, indo do leilão para iniciativa no turno (pagos com pontos de tempo) até a investigação por eliminação de cartas semelhante ao jogo Detetive.
Outro detalhe interessante é que este foi o primeiro jogo importado que veio com manual em Português.


O ponto negativo fica por conta da dificuldade em distinguir as miniaturas no tabuleiro. Os jogadores precisam comparar as runas que estão na base das miniaturas com uma planilha de referência. Isso acaba com a dinâmica e dificulta o planejamento. Há soluções caseiras para este problema como pintar a base das miniaturas com cores diferentes e colocar um selo da mesma cor na figura correspondente da planilha de referência.


Conforme as rodadas vão passando, o jogo fica mais denso e exige mais cálculo, principalmente depois da entrada de Fenrir.


A primeira partida contou com seis jogadores, número máximo de participantes (o jogo permite de três a seis jogadores). Eu, a Alexia, o Marcelo, a Nani, o Gordi e a Marilyn jogamos 011 num período de duas horas. 



As explicações das regras aconteceram em 30 minutos, mas precisei parar o jogo em vários momentos para tirar dúvidas no manual.


Cada um foi por um caminho diferente, onde a Alexia foi a primeira a descobrir quem era o “Escolhido”, eu fui o primeiro a aprender a música e a Nani que descobriu onde estava o órgão. O espírito de Fenrir encarnou no personagem do Gordi (que trocava o nome do Inefável Órgão para Fanfarrável Trompete).


Eu consegui vencer o jogo levando o “Escolhido” até o órgão graças a um item que guardei o jogo inteiro que trocava duas miniaturas de lugar no tabuleiro. Sem isso, eu não teria pontos de tempo suficiente.


Enfim, 011 é diferente de tudo que já joguei. Pode ser que ele não agrade a todos, principalmente pela duração da partida, que chega até 3 horas. 

"O Escolhido" no Inefável Órgão da Eternidade - fim de jogo
É um título pesado que dá vontade de jogar novamente para experimentar outras estratégias. Recomendado para jogadores experientes.


011
Nota
 Jogabilidade
8
 Ambientação
10
 Tabuleiro
10
 Componentes
8
 Diversão
8
 Nota Redomanet
8,60

2 comentários:

  1. Vi esse jogo quando lançou e fiquei animado, agora com sua resenha e sabendo que vem com manual em portugues, é garantido que eu compre ele.

    Amigo, pretendo comprar uma das expansões do Arkham, vc me indica qual?

    Abraço.

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  2. Sou um fã do jogo Arkham Horror também. Eu indico comprar as expansões conforme sua data de lançamento. Elas vão agregando novas opções gradualmente.
    Valeu!

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